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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Palavras vazias


Prazer eu não encontro,
Meu lápis no papel só escreve
Palavras vazias,
Pois agora nada sei.

Coração se encontra pesado,
Cansado, cansado do nada,
Do peso que não suporta mais.

Peso das palavras comprimidas,
Esquecer? Que tolo pensar tal coisa.
Sufocar, se torturar? Agora sim,
Uma certeza.

Palavras que hoje saem,
Medo de Dizer? Talvez.
Enquanto isso só vê meu
coração sendo sufocado.

Sufocado...! Por palavras
querendo ser gritadas,
palavras que hoje não
saem da minha boca.

Meu lápis no papel só escreve
Palavras vazias.

Por: André Alves

terça-feira, 25 de maio de 2010

Another rainy day


Um dia eu olhei pela minha janela e me veio à mente o quanto as pessoas são más.
É fácil se ver pessoas machucadas, pessoas frustradas, marcadas...
Parece que pessoas assim recebem uma marca, uma cicatriz pra que, onde quer que vão, nunca sejam respeitadas, amadas, ou mesmo entendidas.
A chuva lá fora parecia lágrimas. Uma pequena porção de todas aquelas derramadas por todos que recebem essa marca.
Dói. Dói muito.
Mas feliz, ou infelizmente, as pessoas se adaptam à dor, aprendem a amar, mesmo que doendo, àqueles que abriram a ferida no seu peito. Elas aprendem a se conformar com a opinião alheia, passam a concordar, a vivenciar a ferida, a deixar o rótulo ser colado onde não havia mácula alguma.
A minha história se parecia com aquela chuva, com aquelas lágrimas. Enquanto acontece, a chuva não parece parar, assim como a dor. Mas ela sempre passa, sempre. E sempre volta, sempre. Mas as lágrima trazem frutos, bons ou ruins, mas trazem, assim como a chuva. Quando não se quer pensar na chuva, é só fazer outra atividade, assim como na dor. Cantar, dançar, escrever. Ás vezes ajuda quando a dor não é tão forte, assim como a chuva. De qualquer modo, a paciência sempre ajuda.
A vida geralmente não é justa com ninguém. Mas eu espero que alguém, que entende o que eu digo, possa ler isso e entender que não é o único.
Independente da neblina que te cerca, você deve sempre seguir em frente. E talvez você ajude algum dos que te derrubaram a se levantar.
Devemos ser a mudança que queremos ver.
Não sinta, seja.

Por: Neemias Melo

domingo, 23 de maio de 2010

Com meus pensamentos


Por que só quando estou
Com meus pensamentos?

Não chove,
Porém lá fora está escuro.
E se penso no amanhã,
Tudo o que imagino,
É só mais um teatro
Muito bem ensaiado.

Porque só quando estou
Com meus pensamentos?

Consigo ouvir tua voz
E na verdade, isso é tudo
Que preciso agora.
Quando te ouço, é como se
Tudo fizesse sentido
Pela primeira vez.

Por que só quando estou
Com meus pensamentos?

Todos tentando me manipular,
Querendo que eu seja
Tudo que eles não podem ser.
Por que? Não sei.
Apenas sei que é assim.
E se eu for elas, quem será eu?

Por: Victor Magalhães

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Auto-engano


Jurei que eu sabia onde estava,
Quando nem sabia ao certo onde chegar.
Segurei as pontas, impedi os nós,
Escondi o reflexo que eu não queria enxergar.

Afoguei na escuridão fingida,
De não querer saber.
Sentei a beira do caminho,
Fingindo simplesmente não querer.

Me perdi sozinha,
Por puro medo de me encontrar.
Liguei o automático,
Esperando minha vez chegar.

Preferi o frieza, a aspereza,
A ironia de não importar.
Escolhi as máscaras,
Por, da face original me enojar.

Por favor, alguém arranque meu coração,
E me deixe aqui pra sangrar...
Por favor alguém me cegue,
Talvez assim eu possa enxergar...

Por: Letícia Rosa

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Silêncio


Tocar, apenas tocar.

No silêncio da noite
um simples acorde.

Nada mais me importa,
Teu belo som me contagia
E me leva a um clima de nostalgia.

Lagrimas
Escorrem pelo meu rosto agora.

Pergunto ao meu coração:
“- Como algo tão simples desperta
Tal sentimento?”
O silêncio da noite me responde...

Um simples acorde volto a tocar.
Deixo a nostalgia me consumir,
Pois é o mais próximo que posso
Chegar perto de você, agora.

Tocar, apenas tocar.

Por: André Alves

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Amor eterno


Amor eterno? Não!
Te prometo apenas
Que irei fazer-te feliz,
Com meus abraços e com o calor
Do meu corpo, que fica em brasa
Quando está ao teu lado.

Há pouco me vi no espelho,
Que intrigante me perguntou
Sobre aquele garoto sonhador,
Ingênuo, que o vinha visitar
Há alguns anos atrás...

Eu não soube o que responder.
Daí pensei:
"Amor eterno? Talvez..."

Por: Rafael Ayres

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Peça cotidiana


O brilho da lua ainda está ali,
Mesmo que poucos parem pra olhá-lo.
As estrelas em sua imensidão,
Ainda esperam por seus admiradores.

O mundo grita pelos sonhos,
Os corações se despedaçam e choram.
A vida se tornou uma faculdade.
As questões foram sufocadas.

Em um mundo em que os sentidos se perdem,
E a fé se afoga a cada dia,
Todos criam armaduras
Tornando-se aprendizes e seguidores.

Vivemos em espera constante,
Com mentiras bem contadas
E verdades artificiais,
Encenando nossa linda evolução.

Os homens procuram as respostas
Que sempre estiveram em ao seu alcance,
Mas esmagam as perguntas
Que pulam em seus peitos.

Todos estão indo de volta,
E os que ousam a ir na contra mão,
Tentam ser parados por essas mão imundas
Que com seu sadismo, empurram-nos.

Por: Letícia Rosa

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Minha estrada


Caminhava só,
Na estrada do meu desespero.
Ali, uma dor me consumia,
Uma dor que me dava um prazer.

E quanto vi, eu não podia mais sair.
Prazer eu já não sinto mais,
Com tudo isso, sentido não tenho.

A vida foi indo embora,
Porque dela eu já havia desistido
Por não mais encontrar paz.
E daquela estrada não conseguia sair.

Com isso, minha vida
Já não tinha sentido,
E o meu destino naquela estrada
Foi decretado.

Por: André Alves