segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Poupar-me
Escolhi não me lamentar. Não quero olhar para trás. Não quero remoer o arrependimento. Nós sabemos bem o que perdemos. Agora que já não somos os mesmos, por que permanecer? De que nos vale essa guerra perdida? Por muito tempo eu tentei inutilmente me manter firme, mesmo sem forças. Mas hoje me entrego, como deve ser.
Essa pode ser a sua idéia de fraqueza, mas tive que ser forte para deixar tudo isso para trás. Voltei pelo mesmo caminho que vim, e recolhi todos os cacos que por ali deixei; não há nada mais desgastante que continuar uma caminhada em pedaços. Não haveria vitória no final, não havia motivos para continuar. Me redimi antes que fosse tarde.
Mas por favor, não me veja como “alguém que desistiu”, mas como “alguém que se cansou de meios termos”. Resolvi dar-me uma nova chance, poupar-me. Resolvi partir. Resolvi seguir um novo caminho onde nem tudo se rompeu.
Por: Letícia Rosa
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Além de você teros melhores questionamentos, Letícia, você tem as melhores conclusões.
ResponderExcluirLembrei de um provérbizinho:
"Se caminhas sempre na mema direção,
chegarás exatamente onde partiu."
E não, eu sei que você mudou o rumo.
Beijo de admiração, moça ;*
Lindo!
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