sábado, 15 de janeiro de 2011
Talvez tarde de mais
Eu esperei, mas nada esperou por mim. Calmamente, rotineiramente e silenciosamente a roda continuou a girar, o ciclo seguiu. Eu permanecia calada, quieta.
Como uma espectadora abobada de uma peça - esperando o final feliz - me esqueci que o papel protagonista pertencia a mim.
Os demais atores foram executando o que lhes diziam respeito. Eu, porém, cerrei os olhos para a peça que continuava vazia.
Sentia ventos e turbulências, mas nada pôde abrir meus olhos para o que eu me negara a ver...
Nada, além do forte baque das passagens, quando, mesmo involuntariamente, confrontei-me com as conseqüências.
Sem que eu percebesse, tudo havia mudado. Eu havia mudado.
Então me dei conta, talvez tarde de mais, da rapidez com que o tempo passa.
Por: Letícia Rosa
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É, as vezes o tempo passa e a gente nem percebe, e ultimamente ele anda passando bem depressa.
ResponderExcluirbjus =*
Talvez seja bom que o tempo passe rápido, assim as feridas se curam muito antes do que se imagina.
ResponderExcluirAmei o texto, adoro passar por aqui. Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA primeira oração é fantática, o prosseguir, perfeito. Você se transformou numa escritora muito polida, Letícia. E o mais importante, é que continua encharcada de sentimentos. Amo te ler, de verdade.
ResponderExcluirBjo.
Tenho um selinho pra vc em meu blog
ResponderExcluirBeijoos
(: