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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Perdões


Perdoe-me pelas palavras me fogem,
Perdoe-me pelo chão que me falta.
Perdoe-me pelas mentiras que me seguem,
Perdoe-me pela alma que tanto se exalta,
Perdoe-me pela explicação vazia,
Perdoe-me pela indiferença que me fantasia.
Perdoe-me pelos tropeços que me são constantes,
Perdoe-me pelos cumes que me estão distantes.
Perdoe-me pelas identidades tão diferentes,
Perdoe-me pelas imagens não existentes.
Perdoe-me pelos pensamentos que se ausentam,
Perdoe-me pelos medos que me representam.

Mas não me perdoe pelas quedas que me moldam,
Não me perdoe pelas mudanças que me criam.
Não me perdoe pelos defeitos que me tecem,
Não me perdoe pelos olhos que se compadecem.
Não me perdoe pelos caminhos estreitos que escolhi,
Não me perdoe pelas sensibilidades que escondi.
Não me perdoe pela repulsa ao impedimento,
Não me perdoe pelo amor que me é alimento.

Por: Letícia Rosa

4 comentários:

  1. Que lindo Letícia!
    Tenha uma linda semana.
    Beijo

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  2. Menina que texto mais intenso!
    As mudanças que nos moldam e nos tornam diferentes jamais devem ser perdoadas, pois são elas que nos tornam pessoas melhores e mais experientes.

    Beijo!

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  3. Oi Letícia,
    Me afastei, deu saudade, voltei
    Você como sempre em tuas palavras.

    Deixo beijo meu à todos

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