segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Adiante
É nisso que o desespero nos torna. Viramos nossas costas, fechamos nossos olhos. Por que nos obrigamos a esquecer e seguir em frente? Por que nada mais é confortável? Por que diabos nós deixamos tudo aquilo cair ao longo do caminho?
Não. Isso não é o que queríamos, é?
Olhe, eu queria poder dizer-te que tudo será reconhecível. Queria tanto poder dizer-te que quando tudo isso passar, seremos os mesmos. Que nossos corações permanecerão sem cortes. Mas... Isso já aconteceu antes. Os fardos se tornam pesados de mais para os braços infantis...
Os ciclos são necessários.
Passamos por cima de tudo que podíamos. Desfizemos de tudo que fomos capazes. Trancamos o nosso passado em nossas caixas. O resto nos foi roubado.
Mas nós sempre seguimos adiante.
Com dores, amores... Perdidos, escondidos ... Por mais fundo que tentamos esconder essa realidade, ainda somos meras crianças assustadas. Ainda somos carentes. No final das contas, o que queremos é apenas que haja um ombro a se molhar. Que alguém nos abrace, nos conforte e diga que está tubo bem.
Queria tanto que estivesses aqui!
Por: Letícia Rosa
ps: Este texto foi inspirado por [e é dedicado a]: Victor Magalhães
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Perfeito !
ResponderExcluirMuito bonito!
ResponderExcluirDeixa eu te contar a novidade de que o que você escreve é fantástico. ;] Só consegui lembrar de um poema de Fernando Pessoa: A tabacaria.
ResponderExcluir;*