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terça-feira, 24 de agosto de 2010

A distancia


A distancia está logo ali. No não, no desejo reprimido.
Quantas são as vezes que você busca a freqüência correta, a chance perfeita?!
A ocasião em que fomos feitos foi apenas um momento de glória de um velho
artista realista.
Do meu lado apenas o corpo, quer dizer, a indiferença também. Quando foi que eu me afundei nesse abismo?
Se os gritos sem pavor são só comemorativos, eu não sei, sei que não são tão empolgantes.
O que me movimenta é o querer, a força imensurável, que com o tempo se torna apenas comum, sem graça e principalmente angustiante.
Minha coleção de roupas sujas e desarrumadas cuidadosamente a mão é denominada apenas de bagunça. Não, é muito mais que isso é a desordem de um homem em formação que começa a pensar, pelo menos é assim que eu denominei esse raciocínio impulsivo-descontrolado que me domina.
Se o desgosto de conviver com alucinações já se torna prazeroso é porque a realidade se descuidou no seu controle de qualidade.
A psicodélica vida de um gênio do rock me faz não acreditar na loucura da vida moderna, marcada por guerras camufladas e redes sociais, as músicas da moda são apenas distúrbios degradantes da auto-imagem de quem as compõe.

Por: Rafael Ayres

Um comentário:

  1. Profundo teu texto! Muito bom!
    Cuidado com o caminho que vai seguir...rs nunca esqueça que a escolha é tua.

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