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sábado, 29 de janeiro de 2011

Julgado


Por becos sem saída vou sendo julgado
Por olhares incertos nada concretos,
Julgado apenas pra preencher um vazio.

Pessoas que nunca se saciam com a tristeza
De almas perdidas, derrotadas pela dor.
Outra vez embriagado choro lágrimas doloridas,
Lágrimas que ao escorrer cortam a pele
Como navalhas afiadas.

Ao tocar o chão fazem tudo ao meu derredor tremer
Com o peso da dor que ali se encontra.
Assim continuo sem uma saída concreta.

Do que adianta me perguntar se está tudo bem?
Se tu és a que menos te importas com a resposta?
Tu que já me machucastes tantas vezes...

Por: André Alves

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