Pages

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bonecos



Aqui estamos nós novamente,
Com todas essas dívidas mal pagas
E as dúvidas incansáveis,
Ainda procurando pelo chão.

Com os intermináveis dois lados
Que nos puxam cada dia mais,
Apertando nossos peitos
Com todo nada de nosso tudo.

As aceitações nas mãos que se abrem,
Com a perfeição que nos angustia,
Quando o que mais queríamos
Era que esse oco se preenchesse.

E com os pés ao ar, sabemos.
Nada disso está certo.
E nadamos ainda mais
No vazio de um sentido distante.

Onde nada que queremos realmente
Será levado em conta algum dia.
Podemos ser castigados
Por desejar apenas o cinza.

Mas é que sempre estaremos
Sendo como bonecos.
Mas no fundo, não importa.

Bonecos que devem ser perfeitos,
Merecer honra e amor.
Ou bonecos quebrados,
Que alcançarão apenas dor.

Nos caminhos traçados,
Onde não existem curvas
Que não nos levem onde não queremos chegar.
Seguimos aflitos, mas não calados.

Nunca escolhendo onde chegar,
Apenas desejando com o âmago de nosso ser,
Que a Liberdade, fosse mais que
Simplesmente escolher a qual patrão servir.

Por: Letícia Rosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário