Vidas limitadas

Quantas vezes, meu amigo,
Angustiastes a tua alma
Procurando desesperadamente
Abrigo para teu peito cansado
E tua mente perdida e aflita,
Em um solo seguro e firme?!

Doendo-te enxergar, as certezas voando.
Teu peito ansiando pela luz
Que poderia clarear-te o caminho
Enquanto teu inverno interno, o estabilizava.

Desejando imensamente, os ventos favoráveis
Para inflar as tuas velas, rumo ao certo.
Com os planos jogados à correnteza.

Ninguém poderia levar-te adiante.
Mas é só isso que somos, amigo.
Apenas vidas, tentando se encontrar.

A Arte, a Ciência....
As maiores armas de fuga humana,
Revelam-nos nossas limitações.

A Arte, é levada por sentimentos:
Eles oscilam, às vezes desaparecem.
A ciência, é movida pelas questões:
Raramente há saída para elas.

Mas nada disso nos encanta.
Não é suficiente, para nossa plenitude.
Então, sigamos adiante, amigo
E que percamo-nos um dia, de todos eles.

Por: Letícia Rosa